Se tem um nome que representa a real nas quebradas do Rio de Janeiro, esse nome é MC Poze do Rodo. Nascido e criado em Santa Cruz, na Zona Oeste, o Poze não é só um artista — é a prova viva de que dá pra sair do caos e transformar a dor em barulho, e o barulho em respeito.
Antes dos holofotes, ele era mais um no corre, cercado de dificuldade, polícia e poucas chances. Mas o som foi a fuga. Foi com “Os Coringas do Flamengo” que ele estourou no RJ, e dali pra frente foi só pedrada atrás de pedrada: “Tô Voando Alto”, “Vida Louca”, “Me Sinto Abençoado”… músicas que vem da alma da favela.
Em 2022, lançou “O Sábio”, um álbum pesado, cheio de vivência, lançado pela Mainstreet Records, selo que representa uma geração que chegou pra mudar o jogo no trap nacional. O disco virou clássico instantâneo, retratando a quebrada sem filtro, sem romance, mas com verdade.
Hoje, o Poze do Rodo soma milhões de ouvintes, mora em mansão, dirige nave de luxo, mas nunca esconde de onde veio, representa o funk carioca com a alma de quem nunca se vendeu para o sistema.
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Voz da rua: frases que definem o Poze do Rodo
“O crime não leva a lugar nenhum. Hoje passo visão pros meus cria que dá pra viver de música.”
“Se eu venci, você também pode. A favela também sonha.”
“Deus abençoou minha caminhada, agora é só progresso.”
“Vários bagulho doidão que eu passei”
“Posso fazer nada, vivo a vida desse jeito”
“Sabe que estremece o coração do malvadão”
“Pra ganhar tem que perder, essa é a lei do mundão”
“gosto de andar perfumado, flash rola onde eu passo”
“Deixa o meu cavalo andar, não vou parar”
“Não adianta ser bom, tu tem que ser malandro”
Poze do Rodo é mais que um artista, é símbolo de resistência, de superação e de orgulho pra sua quebrada. Se você respira música urbana no Brasil, não tem como ignorar a força do cria do Rodo.