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Virada Cultural 2024: A Virada da Solidariedade

A Virada Cultural 2024: A Virada da Solidariedade

A capital paulista já está no ritmo para a Virada Cultural 2024, o maior festival gratuito da América Latina. Esse ano, o rolê vem com o tema “A Virada da Solidariedade”, prometendo uma mistura louca de ritmos, artes com o foco em arrecadação de doações em prol das vítimas das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Então, se liga que nos dias 18 e 19 de maio, São Paulo vai virar uma grande festa!

Batemos um papo com a Aline Torres, que liderou a Secretaria de cultura da cidade de São Paulo de 2021 a 2024, para passar a visão de como é organizar essa grande festa simultânea em vários bairros com grandes artistas para levar a cultura pra galera.

 

A Virada Cultural 2024: A Virada da Solidariedade Aline Torres
(Foto: Reprodução Instagram @alinetorressp)

 

Aline é ligada ao movimento cultural há muitos anos, desde estagiária na secretaria da juventude, esporte e lazer, passando por vários setores da administração pública municipal e estadual. Com pós-graduação em gestão cultural já coordenava o ProAC e implementou diversas políticas públicas para o aperfeiçoamento da cultura em um estado grande, pulverizado e com características e necessidades diferentes em cada cidade.

Então estamos falando com quem tem propriedade, experiência e acima de tudo ouve muito as demandas para atender o que a comunidade precisa, levando o pertencimento para os bairros e superando as burocracias necessárias.

Confira a entrevista completa: 

 

Qual o tema central da Virada Cultural de 2024? Como a escolha do tema reflete os valores e objetivos da Secretaria de Cultura para a cidade?

“Uma virada cultural do pertencimento é um projeto desenhado por mim e pela equipe. Então é um filho que a gente vê aí já criando estrutura, então eu tô super feliz, e aí esse ano por conta dos acontecimentos do Rio Grande do Sul. É muito também pela orientação do prefeito Ricardo Nunes, a gente colocou a virada cultural do pertencimento como a virada cultural da Solidariedade”

“Então a gente deu esse tom de arrecadação. A virada cultural hoje está em doze macro regiões. Então a gente tem 12 Arenas na cidade, cada Arena são dois palcos, então a gente está colocando uma tenda de arrecadação em cada Arena da cidade para as pessoas mesmo que não fossem na virada curtir a programação, agora poderem ir pelo menos para doar um pouco, né? Ou de um alimento não perecível, ou de um agasalho, ou de um produto de limpeza e saúde, enfim e a Prefeitura de São Paulo vai mandar para o Rio Grande do Sul”

 

Quais são as principais novidades que o público pode esperar na Virada Cultural deste ano? Haverá novas atrações, formatos ou espaços de programação?

“Eu acho que o formato acaba sendo o mesmo do ano passado, de ter ele descentralizado, então a gente tem um Palco no centro que é a Arena do Vale do Anhangabaú na arena do Vale, nós temos três palcos porque tem o palco da dança tem o palco da Praça das Artes que ele é de cultura popular 24 horas e tem o palco do Vale principal que é 24 horas, os palcos as Arenas das regiões dos bairros, eles não viram 24 horas. Eles acabam 11 horas da noite e volta no dia seguinte 10 horas da manhã com programação infantil que a gente chama de viradinha, e aí os palcos começam as duas da tarde. A gente tem programação diversa para todo mundo até encerrar o domingo às 18 horas”

 

Quais são os principais destaques da programação da Virada Cultural deste ano? Quais atrações nacionais e internacionais o público pode esperar?

“No sábado a gente tem Léo Santana, Joelma e Julian Marley e mais um monte de coisa no domingo no Vale, tem Pablo Vittar, Araketu e o Dennis DJ, aí você vai para o Butantã a gente abre com Lenine. Teremos também Vanessa da Mata. No domingo Maria Rita, aí você tem na Brasilândia Mumuzinho, Rincon Sapiência tem Leonardo e outros, no campo Limpo tem Roberta Miranda na Capela do Socorro, ela tá bem diversa tem muita música, mas também tem outras linguagens, a gente tem Circo na parte da viradinha. Tem apresentações folclóricas, e outras coisas acontecendo também e é isso pela cidade toda”

 

Como a Virada Cultural se conecta com as comunidades locais e incentiva a participação popular na programação?

“Eu acho que quando a gente leva a programação para os palcos, para os bairros, para porta da casa das pessoas de fato, você não centraliza tudo isso na região central, eu acho que as pessoas valorizam bastante a programação. Quando tem no seu bairro a gente consegue também dar outra narrativa para a periferia e mostrar que a preferia também pode ter show legal.”

 

A Secretaria de cultura tem olhado para setores de inovação e tecnologia para democratizar o acesso e trazer o público para novas experiências e inclusão?

“Então na prefeitura de São Paulo, a gente tem uma secretaria que tive a sorte de passar por lá também que é a Smit – Secretaria de inovação e tecnologia, ela é focada 100% em desenvolver essas ações pensando no desenvolvimento tecnológico. Eu trabalhei lá na gestão do Ruan Queiroz, é algo muito bacana, tecnologia também é acessibilidade porque a pessoa quando tem a possibilidade de ter internet no seu celular, ela também consegue ter acesso a coisas que qualquer pessoa pode ter, então a gente tenta na cultura fazer muitas parcerias para conseguir fazer com que a tecnologia também chegue na ponta, chegue na periferia e usar a inteligência artificial e a tecnologia nosso favor. Usar tudo isso nas nossas deficiências, mão de obra que a gente tem pouca, enfim todas essas ferramentas a gente tem que usar a tecnologia.”

 

Qual o impacto econômico e social da Virada Cultural para a cidade de São Paulo?

“A gente teve um impacto econômico muito considerável justamente nos bairros, desde o cabeleireiro até as adegas que tem o envolvimento com o evento. Porque as pessoas querem fazer a unha, querem comprar roupa ali no bairro para ir na festa que vai acontecer na região. Então tem um impacto econômico local muito forte também, esse olhar que a gente tem de desenvolver as periferias da cidade é positivo, as pessoas não querem sair da periferia, as pessoas querem ter boas condições e lazer onde elas moram, ter infraestrutura, ter ônibus, educação e saúde, tem que ter tudo! A gente tá num momento da gestão conseguindo cada vez mais entregar a política pública nas regiões.”

 

 

 

Quais os desafios em organizar um evento desta importância e as expectativas para as próximas edições?

“O evento por si só é um desafio, a virada cultural é a maior operação de evento da secretaria de cultura na cidade porque a gente tem uma implantação na cidade inteira ao mesmo tempo, no mesmo final de semana. A gente faz a contratação de uma equipe de produtores com muita antecedência. Então desde a curadoria dos artistas, a contratação dos produtores, a nossa equipe técnica, todos os meninos.

Enfim, todo time de equipe técnica da secretaria, porque eles precisam identificar o que pode ser um problema que não é visível aos nossos olhos, e que são muitos desafios, como escolher um local do palco que as pessoas de mais bairros consigam chegar, que não vá atrapalhar o trânsito, que não vá atrapalhar um hospital, que não vamos fechar vias, são muitas complexidades que as pessoas não tem ideia do que é para fazer um evento dessa magnitude, ou seja, ele por si só é um grande desafio, mas eu acho que a entrega final é uma acolhida muito boa, assim é vencer muito porque a gente consegue ver depoimentos das pessoas felizes porque tiveram uma programação na porta das casas delas, porque teve um artista que sempre sonhou”

 

Para finalizar, qual mensagem você deixa para as pessoas que vão frequentar os eventos e atrações da virada cultural deste ano? 

“Essa virada cultural é muito especial, porque ela não é só uma virada de Cultura, ela é a virada da Solidariedade mesmo. Então ela foi 100% moldada para a gente conseguir fazer arrecadação em número muito grande, então se você não ia para Virada Cultural agora vá para conseguir levar sua doação, se você ainda não fez uma doação para o Rio Grande do Sul, o que está acontecendo lá é uma catástrofe que a gente não queria imaginar, está muito difícil a vida das pessoas ali ainda três, quatro semanas quase depois que tudo que aconteceu e a gente tem cidades debaixo d’ água e pessoas que não têm escova de dente, tem pessoas que estão passando por uma crise de ansiedade muito forte porque perderam tudo, tem pessoas que não tem nada, então o pouquinho que cada um tiver vai ser muito e a gente quer fazer desse pouquinho algo importante com a Virada da Solidariedade. Então o que eu desejo é que as pessoas vão de coração aberto e felizes para curtir os shows, mas o intuito real de fazer uma ação para o Rio Grande do Sul.” 

Programação

 

A Virada Cultural 2024 vem pesada com uma programação musical pra agradar geral. Se liga nos destaques:

 

CENTRO SP

Anhangabaú
Sábado: Léo Santana (17h), Àttooxxá e Karol Conká (18h30), Joelma (20h) e Julian Marley (23h)

Domingo: Pabllo Vittar (2h), Djonga (5h), Dennis DJ (15h) e Matuê (17h).

 

ZONA LESTE

Cidade Tiradentes

Sábado: Vou Pro Sereno (17h) e Cortejo Afro (21h)

Domingo: Maria Cecília e Rodolfo (13h), Psirico (17h) e MC Hariel (19h)

Endereço: R. Inácio Monteiro, 6.900, Conjunto Habitacional Sítio Conceição, Cidade Tiradentes

 

Itaquera
Sábado: Vulgo FK (17h), Projota (18h), Major RD (19h) e MC Lele JP (20h)

Domingo: É o Tchan

Endereço: Av. Nagib Farah Maluf, s/nº, COAB I José Bonifácio, Itaquera

 

São Miguel

Sábado: MC Paiva (17h), Maskavo (18h), Toni Garrido (19h), Marcos e Belutti (20h) e Mano Walter (21h) 

Domingo: Projeto Mundo Bita.

Endereço: Av. Deputado Dr. José Aristodemos Pinotti, São Miguel Paulista. 

 

A Virada Cultural 2024: A Virada da Solidariedade matue joelma kevin o chris

ZONA NORTE

Brasilândia

Sábado: Edi Rock (17h), Marvilla (19h) e L7nnon (21h) 

Domingo: Banda Fera Nenem (13h), Mumuzinho (17h) e Hungria (19h).

Endereço: Av. Inajar de Souza, 2.298, Limão


Parada Inglesa

Sábado: MC IG (17h), Xamã (19h) e Gloria Groove (21h)

Domingo: Bruninho e Davi (15h) e Ivo Meirelles (16h)
Endereço: Av. Luiz Dumont Villares, altura do n.º 1.400, Jardim São Paulo

 

ZONA SUL

Campo Limpo

Sábado: Trupe Trupé (11h)  MC Lipi (17h), Elba Ramalho (19h) e Marcelo Falcão (21h)

Domingo: Território do Brincar (10h), Arlindinho (16h) e Leonardo (17h) 

Endereço: R. Dr. Joviano Pacheco de Aguirre, 30, Jardim Bom Refúgio

 

Capela do Socorro

Sábado: Roberta Miranda (17h), A Dama (19h) e Michel Teló (21h)

Domingo: Ton Carfi (14h), Latino (15h), Teto e Wiu (16h) e Solange Almeida (17h) 

Endereço: Av. Atlântica, 2.450, Jardim Três Marias

 

Heliópolis

Sábado: Xanddy Harmonia (17h) Maneva (19h)

Domingo: MC Daniel (15h), Kawe (16h) e Silvanno Salles (17h) 

Endereço: Av. Almirante Delamare, 509, Vila Heliopolis
R. Cel. Silva Castro, 154-206, Vila Heliópolis

 

M’Boi Mirim

Sábado: MC Davi (17h), Loubet (18h), Paula Mattos (19h) e Yasmin Santos (20h)

Domingo: Daniela Araújo (14h), Kemilly Santos (15h) e a dupla Israel e Rodolfo (17h)

Endereço: Av Luiz Gushiken, Chácara Santana, na altura da r. Humberto de Almeida e da r. José Mármol

Parelheiros

Sábado: Planta e Raiz (19h) Veigh (21h)

Domingo: Kevin O Chris (15h) e Raça Negra (17h)

Endereço: R. Teresinha do Prado de Oliveira, 100, Jardim Novo Parelheiros

 

ZONA OESTE

Butantã

Sábado: Lenine (17h) e Vanessa da Mata (21h)

Domingo: Eli Soares (15h), Os Garotin (16h), Lia de Itamaracá e Natascha Falcão (18h) e Maria Rita (19h).

Endereço: Av. Eliseu de Almeida, Instituto de Previdência, entre a r. Carlos Lisdegno Carlucci e a passagem da praça Verde na av. Pirajussara

 

Veja também: A Murb e a Cufa Heliópolis se Juntam em Ação Social

A Virada Cultural 2024: A Virada da Solidariedade djonga veigh wiu

 

Arte e Cultura Espalhadas pela Cidade

Mas não é só música não, parceiro. A Virada Cultural também traz várias exposições de arte pra te deixar de queixo caído:

  • “Década dos Oceanos – I Mostra Nacional de Criptoarte”: essa exposição vai rolar no Espaço Olavo Setúbal e promete te levar a uma viagem visual e digital.
  • Exposição Permanente da Brasiliana Itaú: Também no Espaço Olavo Setúbal, é a chance de conhecer mais sobre nossa cultura.

 

Outras Paradas Imperdíveis

Além dos shows e das exposições, a Virada Cultural 2024 vai ter apresentações teatrais, oficinas, palestras e várias atividades pras crianças. Tudo espalhado por Sampa. Cola lá no site oficial pra ver a programação completa e não perder nada.

 

Site Oficial: Virada Cultural 2024 – Programação Completa 

 

Dicas Para Não Vacilar na Virada Cultural 2024:

 

  • Planeje seu Rolê: Com tanta coisa acontecendo, é melhor saber o que você quer ver. Dá uma olhada na programação e já escolhe suas paradas.

 

  • Chegue Cedo: As atrações mais bombadas vão lotar. Chega cedo pra garantir seu lugar e não ficar de fora.

 

  • Use Transporte Público: A cidade vai estar cheia e o transporte público é a melhor opção pra se locomover fácil.

 

  • Leve Água e Lanche: A maratona dura dois dias, então se mantenha hidratado e alimentado pra aguentar o pique.

 

  • Vista-se Confortavelmente: Você vai andar muito, então tênis confortável e roupas leves são essenciais.

 

  • Divirta-se: O mais importante é curtir cada momento e celebrar a diversidade cultural de Sampa.

 

Partiu Virada Cultural 2024!

A Virada Cultural 2024 tá aí pra mostrar toda a riqueza cultural paulistana. É a chance de se conectar com várias artes e curtir um final de semana histórico. Não dá mole, bora fazer parte dessa festa e celebrar a cultura de Sampa!

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