Já ouviu falar em musicoterapia? Curte música e acha que faz bem e relaxa? Então se liga!
A musicoterapia é aquele remédio musical que faz toda a diferença. Imagina só: usar a música não só pra curtir, mas para cuidar bem da saúde e do bem-estar. Bora entender como essa terapia combina som, psicologia, terapia e educação para tratar várias situações ligadas à saúde.
Vale lembrar que não é só mais uma técnica ou abordagem comum, não basta só tocar que já vira musicoterapia. É tipo um tratamento raiz, uma ciência própria com formatos exclusivos de testes, técnicas e abordagens que são só dela.
Relaxando com os Acordes
Para quem sofre com dor crônica ou outros pepinos físicos, simplesmente ouvir música já faz a diferença. Aquele som que você curte pode ajudar a relaxar, aliviar a dor e até melhorar o astral. Afinal, quem não gosta de uma música que deixa tudo mais leve?
Desenvolvimento na Melodia da Vida
Para criançada com desafios de aprendizado ou atraso no desenvolvimento, a musicoterapia é como um superpoder. Ela mistura música com terapia para dar uma força nas habilidades de comunicação e socialização. É como se a música desse uma mãozinha no crescimento, sabe?
Virando o Jogo nos Desafios da Mente
Na hora de encarar uns desafios mais complexos, como dependência ou violência, a musicoterapia é uma aliada forte. Ela ajuda a lidar com emoções, evitando recaídas e trazendo situações positivas. É como ter a música como parceira na transformação.
Expressando Sentimento com Som
Na musicoterapia, também, é possível usar a criatividade de um jeito diferente. Dá pra escrever suas próprias músicas, e isso é demais pra quem tá lidando com coisas pesadas na cabeça, como depressão ou ansiedade. A música vira uma forma de falar o que está sentindo.
Para entendermos mais sobre esse mundo importante, no qual a música é um fator de extrema utilidade para os cuidados da saúde humana, convidamos a Dra. Nathalya Avelino, para um bate papo, confira a entrevista na íntegra:
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Dra. Nathalya Avelino, é musicoterapeuta e PhD em Engenharia Biomédica. Nascida em Santarém-PA, com raízes cearenses, desbravou São Paulo aos 26 anos para doutorar. Diretora da UBAM e palestrante do TEDx, Dra. Nathalya comanda o curso nacional de especialização em Musicoterapia e é CEO do Centro Biomédico da Música, levando a essência da terapia musical para todo o Brasil, também atua em comissões importantes, como a do Comitê Latino Americano de Musicoterapia, e batalha pela regulamentação da musicoterapia.
Como você descreveria a musicoterapia para alguém que não está familiarizado com o conceito?
“Primeiro quero falar do que não é musicoterapia. Musicoterapia não é uma técnica, não é uma abordagem e não é método. Tocar em ambiente de saúde não caracteriza musicoterapia. Musicoterapia é um tratamento, uma ciência que tem seus próprios métodos, avaliações, técnicas e abordagens.”
Quais são os principais benefícios da musicoterapia, tanto a nível físico quanto emocional?
“Um dos principais benefícios da musicoterapia é a estimulação do sistema nervoso central, pois altera uma série de neurotransmissores que influenciam na atenção, concentração, habilidades motoras entre outras.”
Como a escolha de diferentes tipos de música influência os resultados da terapia?
“Sim, por isso é preciso ter cuidado com o tipo de som ou música que será trabalhada com o paciente. Antes mesmo de iniciar o tratamento é necessário fazer uma anamnese para identificar o histórico sonoro do paciente de uma forma geral. O maior cuidado com essa escolha se deve aos efeitos iatrogênicos da música, os quais podem trazer diversas complicações se usada indevidamente.”
Qual é o papel do profissional de musicoterapia no processo de tratamento?
“O profissional é o responsável por determinar o processo terapêutico, que inclui anamnese, exploração musical, planejamento das sessões, preparação do setting, avaliações constantes, evolução até o processo de alta.”
Como a musicoterapia pode ser integrada a outros métodos terapêuticos tradicionais?
“O musicoterapeuta pode atuar em equipes multidisciplinares com terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, por exemplo, mas apesar de seguirem o mesmo objetivo terapêutico, as maneiras de trabalho são diferenciadas. Como dito anteriormente, usar “música de fundo” em outra terapia não é musicoterapia, mas sim o uso da música como recurso terapêutico.”
TedxTalks – Musicoterapia Biomédica com DRa Nathalya Avelino
Quais são os desafios comuns enfrentados por profissionais de musicoterapia a e como eles podem ser superados?
“Hoje o maior desafio é a sanção do PL 6379/19 que a regulamentação da atividade profissional de musicoterapeuta. A sanção desse projeto de lei trará várias soluções para os desafios enfrentados como a formação profissional, inserção na ANS, atendimentos por planos de saúde.”
Como a tecnologia e a inovação estão impactando o campo da musicoterapia?
“Sem dúvida as pesquisas com tecnologia e inovação estão trazendo um novo tempo para a atuação do musicoterapeuta. Equipamentos que trazem solução para uso de técnicas de musicoterapia que não poderiam ser usadas sem eles.”
Como pessoas interessadas podem buscar formação ou qualificação para se tornarem profissionais de musicoterapia?
“Até que o projeto de lei seja sancionado, a formação do musicoterapeuta se dá através da graduação ou pós-graduação em musicoterapia. No caso da pós-graduação existem recomendações específicas na grade curricular, então antes de cursar uma pós-graduação é importante que o futuro profissional procure uma das associações de musicoterapia para certificar se o curso atende às recomendações.”
Esse foi o nosso bate-papo com a Dra. Nathalya Avelino, que nos trouxe um pouco sobre esse setor da saúde que usa a música como ferramenta para os cuidados e tratamentos de pacientes.
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