A cena musical urbana no Brasil tem experimentado uma notável transformação, impulsionada pelo surgimento de plataformas independentes que se dedicam a dar voz aos talentos emergentes do rap, trap e funk. Entre essas iniciativas, destaca-se o “Funk de Quebrada”, uma página no Instagram que se tornou uma referência ao apresentar entrevistas exclusivas com artistas que estão moldando o cenário musical nas periferias brasileiras.
Dinho Muniz, o repórter do “Funk de Quebrada”, iniciou essa jornada com a missão de oferecer um novo formato para conectar os artistas independentes de funk, rap e trap com o púbico.
Sua abordagem autêntica e compromisso genuíno com a cena resultaram em um crescimento fenomenal, elevando a página a mais de 287 mil seguidores.
Em uma entrevista exclusiva, tive a oportunidade de conversar com Dinho Muniz sobre o impacto do “Funk de Quebrada” e o papel crucial da mídia independente na promoção da diversidade musical.
Dinho compartilhou sua jornada desde o início da página até seu sucesso atual, destacando a importância de proporcionar visibilidade a artistas que muitas vezes são subestimados pelo mainstream.
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Entrevista com Dinho Muniz – A voz do “Funk de Quebrada”
Como você começou a entrevistar artistas da música urbana e o que o motivou a usar o Instagram como plataforma para compartilhar essas entrevistas?
- Tudo começou por uma necessidade de obter mais espaço na cena e de conseguir manter meu projeto com meu artista BB Rocha de homenagens aos artista ele fazendo a parte dele na músicas de diversos artistas, representando uma página que já era grande no mercado do funk facilitou a entrada em casa de show onde a gente ia fazer esse trabalho. E as entrevistas foram para o insta porque já era o local que a página já se movimentava lembrando que não sou dono do funk de quebrada, sou um representante e dono do meu quadro de entrevista, mas vale lembrar que vc encontra em todas plataformas as entrevistas, procurem por #DinhoMunizz.
Como você escolhe os artistas que serão entrevistados e quais são os critérios que você considera ao selecionar seus convidados?
- Normalmente já tem um agendamento para eu me deslocar até o local para fazer a entrevista, um combinado com o artista ou empresário, mas dependendo da cobertura sempre rola o “voz pra todos” que é um quadro onde dou espaço para todos poderem fazer a sua divulgação, e critério claro que existe, que agente seja tratado com respeito e ser humano para que possamos efetuar o melhor trabalho.
Qual é o papel das redes sociais na divulgação de suas entrevistas e como você utiliza o Instagram para alcançar seu público?
- As redes sociais são muito importante para poder expandir cada vez mais meu trabalho limpo, é sempre bom frisar que não estou pelo hype mas sim pelo legado em poder passar pros fãs dos artistas uma história da hora com começo, meio e fim, sem fofoca. Não tem segredo, seja um bom funcionário para qualquer plataforma entregando muito trabalho e qualidade que isso te trará frutos.
Quais são os temas ou questões que você mais gosta de explorar em suas entrevistas, além da música em si?
- A trajetória do artista me completa em ver a luta e poder mostrar para os demais que não é do nada que acontece.
Pode compartilhar uma experiência marcante que teve ao entrevistar um ídolo seu? Ou alguma história, ou entrevista que o impactou especialmente?
- Teve algumas mas vou relatar do Hungria que me recebeu muito bem como se eu fosse um conhecido dele naquele momento e trocou um papo mil grau sem pressa, se alongou nas respostas e no final da entrevista chorei por estar vivendo aquele momento ao lado de um artista que sou fã.
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O sucesso do “Funk de Quebrada” destaca a crescente relevância da mídia independente na promoção de talentos locais e na construção de uma cena musical mais inclusiva e representativa.
Enquanto Dinho Muniz continua sua missão de dar visibilidade aos artistas das periferias, o impacto dessa plataforma ressoa como um testemunho do poder da autenticidade e do compromisso com a diversidade na música brasileira.