Descubra como o funk brasileiro está incendiando o cenário musical global, com seu novo estilo, o fenômeno do ‘Brazilian Phonk’. Conheça a história por trás desse sucesso e como artistas como Dragon Boys estão ajudando a levar o som brasileiro a novos patamares.
Segundo os números do Spotify, o funk carioca e o funk ostentação tiveram um crescimento incrível de 33% em execuções fora do Brasil no último ano. E olha só, países como Portugal, Estados Unidos, Itália, França e Argentina estão todos aderindo às batidas quentes do funk brasileiro.
A Nova Onda “Brazilian Phonk” com Dragon Boys
A revolução veio com o nascimento do “Brazilian Phonk”, um som que mistura o groove do funk brasileiro com a vibe única do estilo musical phonk.
MC Ramiro e MC Mauro têm história no jogo há 16 anos, mas foi com o Brazilian Phonk que eles encontraram a chave para o sucesso. Em apenas dois meses, o duo saltou de 50 mil para 1 milhão de ouvintes no Spotify mundial. O mundo começou a prestar atenção, e produtores gringos, como Slowboy e Kordhell, vieram bater na porta.
Apesar de o Brazilian phonk ter feito barulho lá fora, Dragon Boys enxergam o potencial em suas próprias raízes, São Paulo. Segundo dados do Spotify, seus ouvintes mensais têm aumentado no território nacional.
Em entrevista exclusiva para o Murb, o duo comentou um pouco sobre trajetoria e próximos passos em suas carreiras.
A dupla conta como se conheceram e como iniciou o projeto Dragon Boys
“Nos conhecemos faz 13 anos em uma escola de música na quebrada de São Mateus, muitos anos depois e muitos projetos, resolvemos montar um estúdio aqui na ZL também, produzimos diversos artistas de diversos gêneros aqui da quebrada. Até que no final de 2017 resolvemos formar um projeto com o nome de Dragon Boys, no qual se tornou nosso principal corre e hoje abandonamos tudo para trabalhar na carreira dos Dragon Boys, ainda de forma 100% independente.“
Sabendo que o funk é uma vertente musical muito característica do Brasil. Os Dragon Boys descrevem o estilo único que trazem para o gênero:
“Unimos o Funk com a cultura do Drift Phonk e Phonk House que são gêneros atuais e que tiveram em ascensão nos últimos anos…. Basicamente pegamos a vivência e flows que caracterizam o Funk brasileiro e unimos ao instrumental derivado do Phonk. Muitos estavam pegando acapellas de funk e misturando com beats de Phonk, enxergamos a necessidade de criar novos vocais com novas letras para dentro desse movimento, assim nasceu nosso primeiro álbum de Phonk Brasileiro o “Baile do Brazil” que inclui inúmeras vertentes do Phonk/Funk unidas em cada faixa.”
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Após a repercussão internacional como a dupla lida com esse reconhecimento em países que o funk carioca ainda não se popularizou:
“Após o nosso trabalho no álbum “Baile Do Brazil” ter popularizado bastante a nova geração do Phonk no Brasil, e ter sido o maior álbum da nossa carreira. Surgiu o gênero “Brazilian Phonk” e logo no início da existência desse novo gênero, recebemos o convite para participar de uma faixa com o maior artista de Phonk do mundo, o Kordhell, que se preocupou em explorar esse novo gênero juntamente com brasileiros, e assim criamos a faixa “VUK VUK” que influenciou diversos outros produtores internacionais de phonk a produzirem também o Brazilian Phonk, logo após isso nosso som começou a chegar em diversos países, então na sequência lançamos músicas com diversos produtores internacionais de Phonk espalhando ainda mais nosso som pela Europa. Até lançarmos uma faixa com o Slowboy o criador do nome “Brazilian Phonk”.
Como vocês enxergam a evolução do funk nos últimos anos e como vocês acreditam que estão contribuindo para esse movimento?
“Acompanhamos o funk brasileiro desde os anos 2000, inclusive já usamos sample e referência de todas as gerações do funk em nossos sons. O funk para nós sempre será o maior e mais acessível gênero musical do Brasil. Depois que o Brazilian Phonk se popularizou no mundo, como um subgênero do Funk, vários produtores vieram até nós para conhecer mais sobre a cultura brasileira e para colaborarmos em músicas, além da popularização do gênero abrir portas para muitos produtores de Funk, principalmente de Mandelão terem uma nova porta de visibilidade, e dessa vez mundial…”
A dupla enfatiza também que ajudar outros artistas da cena é importante:
“Também organizamos o festival “Baile Phonk” de forma independente no qual chamamos artistas e produtores independentes de vários cantos do Brasil que trabalham com Phonk/Funk/Brazilian Phonk para se apresentarem ao vivo no único festival deste gênero do Brasil (até o momento fizemos 2 edições e foram os únicos)”
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