O funk é um movimento diverso, com diferentes batidas e estilos espalhados pelo país.
A diversidade sonora do Funk não é novidade para ninguém, principalmente para quem acompanha o nosso blog e para quem está ligado no mundo do Funk. A pluralidade cultural vai desde as músicas até as roupas, gírias e os costumes.
Diferentes DJs assumem uma identidade musical bem definida. Geralmente eles têm uma vinheta que afirma o próprio nome e de qual quebrada pertencem, mas isso não é a única coisa que marca a singularidade de cada um. O público identifica quem é o produtor pelo estilo do beat, como menciona Hits.
No post de hoje vamos falar sobre os Beats mais populares do funk.
BEAT BRUXARIA
Os fluxos de São Paulo deram origem a uma ampla variedade de batidas eletrônicas, que mudam de acordo com a região. Um dos estilos em alta é o beat bruxaria, de produtores como DJ K e DJ Menor 7. O som é distorcido e pesado. Alguns chamam de “beat agressivo”, ‘destrói fone” ou “sangra tímpano”.
BREGA FUNK
O brega funk é um movimento com mais de 10 anos e que teve diferentes batidas ao longo da história. Atualmente é conhecido pelo som metálico das panelas e sinos e pelas viradas rítmicas mirabolantes de produtores como MK no Beat e John Johnis.
MINIMALISTA
O funk minimalista de BH tem um ritmo mais lento e uma sonoridade mais espacial, etérea e “ambient”. O estilo começou a despontar em 2017 nos beats de DJs como PH da Serra, DJ Swat, Cheab, TG da Inestan, Lukinhas da Inestan e João da Inestan.
BARULHADO
Além do minimalismo, em BH tem também o funk barulhado. São músicas com texturas saturadas, distorcidas e cheias de ruídos. As faixas são feitas pensando nos sons automotivos e a ideia é que o volume seja alto para ecoar por toda a favela. Entre os destaques dessa linha estão os DJs DG do RB, Leo LG, Gordão do PC, ZL, Yan do Flamengo e TH do Primeiro.
MEGAFUNK
O mega funk é um mix de funk com house e outros estilos de eletrônica feita por DJs do Sul do país, sobretudo Paraná e Santa Catarina. É muito popular em competições de som automotivo, com DJs como Rodrigo Campos e Matheus PR.
BEAT FINO
O beat fino é uma batida hiper aguda de toque metálico que se popularizou no Espírito Santo por volta de 2013. Esse efeito sonoro é obtido quando a música com beatbox é acelerada artificialmente, após a gravação. O DJ Jean du PCV foi o responsável por popularizar o estilo, que vem se renovando com outros artistas como o DJ Gustavo o Brabo.
Curiosidade: a música “Popotão Grandão”, hit nacional do MC capixaba Neguinho do ITR, foi originalmente gravada em beat fino pelo DJ Jean.
150 BPM
O 150 BPM surgiu por volta de 2017 quando DJs do Baile da Gaiola e Baile da Nova Holanda começaram a acelerar as músicas do funk, originalmente em 130 BPM. O primeiro a produzir uma batida original no 150 BPM foi o DJ Polyvox, que utilizou o som de uma garrafa de refrigerante batendo na porta do estúdio.
O movimento abriu portas para uma nova geração de produtores e MCs — como Rennan da Penha, Iasmin Turbininha, Kevin o Chris e MC Rebecca — e voltou a movimentar os bailes de favela do Rio após um período de repressão das festas pelas UPPs.
AFROFUNK
O funk carioca costuma ser mais percussivo e tem centenas de atabaques diferentes, como o tambor xereca, tamborzão e o beat bolha. Um novo estilo que está se espalhando é o afrofunk, uma mistura de afrobeat e pancadão que está sendo disseminado pelo DJ Mumu do Tuiuti e Rennan da Penha.
TECNO FUNK
O tecno funk é uma mistura do funk vindo sobretudo de São Paulo e Rio com o tecnomelody. O beat é bem mais acelerado e frenético e faz sucesso nas festas de aparelhagens. Apesar de ter algumas faixas próprias, a maioria das músicas são remixes e as estrelas são DJ Méury, DJ Lorran e DJ Hud o Brabo.
E aí? Já conhecia esses Beats?
Acompanhe o nosso blog para saber mais sobre o mundo do funk!