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A VIOLINISTA CHAVOSA DO FUNK

Conheça a artista que une um instrumento considerado erudito ao estilo musical mais popular das comunidades. Conhecida como ‘Violinista Chavosa’, Maria Luiza Kaluzny, 23, quebra estereótipos ao levar a cultura do funk até as pessoas por meio de seu violino. Maria se apresenta nos vagões do metrô de São Paulo. 

Maria sempre teve sua conexão forte com a música e desde de os 4 anos já pedia um violino para mãe, mesmo sem nunca ter tido contato direto com o instrumento, além de vê-lo em desenhos e filmes. E foi o violão seu primeiro instrumento onde começou e aprendeu as primeiras notas musicais.

Em entrevista ao Terra, a jovem conta que tocou violão por muitos anos, até que, aos 9, recebeu a visita de um amigo da família, que é músico profissional. “Meus pais falaram para eu tocar violão pra ele ver, e ele ficou encantado com a minha desenvoltura, minha musicalidade. Aí perguntou se tinha outro instrumento que eu queria aprender. Eu falei que sempre quis um violino. Deu uns três meses e chegou um pelo correio, que ele enviou”, conta. Foi então aos 11 anos que ela começou a estudar o novo instrumento.

De Curitiba para São Paulo em 2021, Maria teve a ideia de começar unir o violino a outra cultura de sua comunidade: o funk. “Eu comecei a trabalhar com o funk quando criei a ‘Violinista Chavosa’ no final de 2020. A partir daí consegui me inserir na cena do funk curitibano com certa rapidez e em meses já estava gravando com artistas que eu admirava muito de lá, então pensei que precisava expandir, sair da cidade. O objetivo era me mostrar para mais produtoras, ter mais oportunidades”

E foi com essa ideia que organizou uma rifa e veio para São Paulo em agosto de 2021. Onde passou dez dias mostrando seu trabalho para MCs e produtores, e conheceu seu ex-empresário. “Ele me descobriu e propôs cuidar da minha carreira, me formar com um número completo, atuando como MC e violinista. Foi quando ele me trouxe para morar em São Paulo. Mas acabou não dando certo depois das coisas com ele e tive que me virar sozinha, me reerguer, se não teria que desistir e voltar para Curitiba”, relembra. 

Foi diante da dificuldade de se sustentar sozinha na região que a instrumentista passou a se apresentar no metrô, garantindo a renda para se manter na cidade. “Eu faço um discurso para o meu público, apresento minha música e depois passo o chapéu. Eu sempre contabilizo minhas apresentações, cálculo a melhor logística para pegar as pessoas circulando nas estações mais movimentadas e atingir um grande público”, relata.

Maria ou Violinista Chavosa, continua sua jornada na música buscando seu espaço e conquistando o carinho e atenção do movimento, entre Fãs e artistas renomados que o acompanham e admiram é bem provavel que voce vera maria e seu violino muitas vezes, para alegria e evolução do Funk.

(Foto: Reprodução / Twiiter)

E aí, o que achou da história da nossa Violinista Chavosa? Deixe seu comentário aqui no #BatalhaFUNK.

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