O rap e a música eletrônica, apesar de terem vindo de mundos diferentes, tão colados quanto cola quente no beat, tão entrelaçados quanto os fios dos fones de ouvido. E aí, tá ligado nessa conexão?
O Futuro do Passado do Rap e Música Eletrônica
Essa história toda começou lá nos anos 80, quando o DJ Afrika Bambaataa, mandou ver na mistura. Sua track “Planet Rock”, de 1982, foi o ponto de partida, misturou batidas eletrônicas com samples do Kraftwerk, e pronto, abriu a porta pra essa parceria musical incrível.
Na virada dos anos 2000, a música eletrônica já tava com tudo, e os caras do rap viram nessa vibe uma chance de inovar. O Jay-Z, por exemplo, soltou o álbum “The Blueprint” em 2001, numa parceria com o DJ Timbaland. Foi tipo uma explosão de sons novos rolando na área.
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Onda de Colaboração e Influência
Hoje em dia, isso está mais que consolidado, artistas como Travis Scott e Skrillex estão aí pra provar isso. O Travis Scott é tipo o mestre das misturas, trazendo rap, trap e eletrônico numa coisa só. E o Skrillex, que é um mestre, tá sempre colaborando com uma galera do rap, fazendo um som incrível.
Explorando Territórios Sonoros
E tem mais: surgiu um movimento novo chamado Phonk, que veio pra quebrar tudo nos anos 2010. Batidas pesadas, samples de rap e uma vibe única e acelerada. Essa parada não só influenciou o rap, mas também a música eletrônica no mundo todo.
Aqui no Brasil, o Phonk tá pegando fogo, com caras como Dragon Boyz, MC Bin Laden e Jovem Dex e entre outros, liderando a cena. Eles misturam o Phonk com outros sons brazucas, como funk e trap, criando uma vibe que é só dos nossos, passando a ser chamada como Brazilian Phonk.
Convidamos um parceiro incrível que está vivendo esse movimento por completo, ele que além de produtor musical, beatmaker agora é também dj de música eletrônica, em um bate papo rápido, ele nos contou um pouco sobre esse movimento da música urbana.
Chega mais DJ, se apresenta!!
“Eu sou Bruninho Prod, DJ, beatmaker e produtor musical emergindo no cenário da música eletrônica. Com minha base em São Paulo, já me apresentei em casas noturnas renomadas da capital, como o Clash Club e a Fabrique.”
Como sua experiência anterior como beatmaker e produtor de rap contribui para sua abordagem como DJ de música eletrônica?
“Minha jornada na música começou lá em 2015, quando eu tava mergulhado de cabeça nas ondas do Trap EDM e Dubstep. Para mim era tudo sobre Bass Music naquele tempo, aquele tipo de som que faz o chão tremer e que é pura adrenalina. Depois, em 2017, rolou uma virada de chave. Eu comecei a produzir beats de Trap, Rap, RnB e Pop, não só pra galera aqui do Brasil, mas através da Shut! Music, a produtora digital que eu tirei do papel.
Essa fase de criar beats foi tipo uma escola pra mim. Eu aprendi na prática que você não precisa encher o som de firula pra ele ser bom. O lance é encontrar aquele equilíbrio perfeito, sabe? Esse conceito de “menos é mais” que o Rap e o Trap me ensinaram, eu levo para as pistas de House e Techno. É como se cada batida, cada loop tivesse que estar ali por um motivo. “
Quais são suas principais influências musicais na cena da música eletrônica e como essas influências moldaram seu estilo como DJ?
“Minhas principais influências musicais na cena eletrônica incluem grandes nomes como Skrillex, Diplo, Gordo, Chris Lake, Mochakk e James Hype. Esses artistas têm sido fundamentais na forma como moldo minha identidade musical. Por exemplo, a habilidade de Gordo em misturar elementos culturais em suas batidas tem me inspirado a explorar sons que transcendem o tradicional Tech House. Chris Lake, com sua técnica e inovações sonoras, me motivou a aprimorar minha técnica de mixagem e produção.
Mochakk é conhecido por trazer uma energia contagiante para suas faixas e sets, o que me influenciou a buscar criar uma atmosfera vibrante e dinâmica nas minhas performances ao vivo. A combinação dessas influências me ajudou a desenvolver um estilo que é versátil e adaptável, permitindo-me manter minha assinatura musical enquanto continuo a inovar e a surpreender meu público…”
Falando em tendências e novidades, você pode falar um pouco sobre os novos subgêneros do eletrônico?
“Como o Phonk e o Brazilian Phonk Claro, esses novos subgêneros são a prova de que a música eletrônica não para de se reinventar. O Phonk, por exemplo, é esse som que tem suas raízes no Memphis rap dos anos 90, mas com uma pegada moderna.
Já o Brazilian Phonk, o resultado é um beat que tem a cara do Brasil, mas que ao mesmo tempo conversa com a cena global do Phonk. O legal desses subgêneros é que eles são super acessíveis, principalmente com a internet.”
Para aqueles que estão começando na cena da música eletrônica, quais conselhos você ofereceria com base em sua própria jornada?
“Se você está começando a mergulhar no mundo da música eletrônica, meu maior conselho é: se joga e experimenta! Não tem essa de ficar preso a regras ou a um único estilo. A música eletrônica é um oceano gigante de possibilidades, então aproveita pra nadar por todas as águas.
Na minha caminhada, foi essa liberdade de experimentar que me trouxe até aqui. Testei diferentes sons, fusões, ritmos, até achar a minha vibe. E mesmo agora, eu não paro de buscar coisas novas. Então, não tenha medo de misturar um beat de Funk com uma linha de baixo de Tech House ou jogar um vocal de Trap em cima de um ritmo de Drum and Bass.
Além disso, fica ligado nas tendências, mas sem deixar de olhar para aquilo que te faz curtir a música. No fim, é isso que vai fazer seu som ser verdadeiro e bater forte no coração da galera. E claro, pratica muito, faz muita música, toca o máximo que puder, e sempre compartilha teu som. A cena é construída por todos nós, então quanto mais você se envolve, mais ela cresce e mais espaço você conquista.”
É sobre isso pessoal, essa mistura toda entre que não é de hoje está só começando. A música eletrônica e o rap estão abrindo caminhos novos, quebrando barreiras e fazendo a gente sentir a energia pura da música.
É uma jornada louca, cheia de sons e ideias que prometem levar a cena musical a um patamar ainda mais alto, mostrando que quando se trata de música urbana, não tem pra ninguém.
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